Ontem, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o Presidente da República proferiu dois discursos: um, nas Cerimónias Militares; outro, na Sessão Solene.
Parece-me que o primeiro tem uma relevância que não foi reconhecida pelos diversos comentadores na comunicação social de hoje.
Creio que é o que consubstancia uma componente política mais expressiva e que, de algum modo, poderia traduzir algum incómodo para o Governo.
Ele é uma resposta de inequívoca concordância com as preocupações, social e politicamente críticas, que os responsáveis das forças armadas têm manifestado.
Num momento de crise e inquietação, exortar as forças armadas "a continuar Portugal" não é um exercício de retórica.