Num determinado momento, num tempo em que era Procurador-Geral da República o Conselheiro Cunha Rodrigues, o Ministério Público pareceu sólido, coeso, determinado e competente. Com a sua saída, descobriu-se que não era assim. Vieram ao de cima as diversas forças centrífugas, até então silenciadas, que assentaram arraiais nas múltiplas e desligadas estruturas do Ministério Público. O desacerto dos propósitos, a incoerência dos discursos, a ignorância das estratégias, o equívoco das escolhas, determinaram a situação atual. Por tudo isto não responde ninguém. A verdade é que não haverá regeneração sem responsabilização.