Lágrimas
Cândida Almeida não verá renovada a sua comissão de serviço como
diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Era plausível
que tal viesse a acontecer. O que surpreende é o clima de suspeição que foi
criado à volta de um ato de gestão que seria normal numa magistratura coesa,
eficiente e dignificada. Li, no Diário de Notícias, que houve lágrimas quando
Cândida Almeida anunciou àqueles com quem trabalhava que não continuaria na
direção do Departamento. Só não se diz aí se foram lágrimas de uma saudade ou
de uma injustiça.