Em 1997, estive em Xangai, em família. Numa noite de sábado, com milhares de pessoas na rua, recordo-me dos vazios que se criavam em nosso redor apenas para verem as nossas duas filhas. O cabelo encaracolado de uma delas foi, então, um verdadeiro fascínio. No domingo de manhã, num parque público, com centenas de pais a brincarem com os seus filhos, únicos presumo, o espanto repetiu-se. Foram largas as dezenas de fotografias que foram tiradas às minhas filhas. Não me passou pela cabeça ir à polícia e solicitar a apreensão das máquinas fotográficas.