Escrevi aqui sobre a ingenuidade trágica na justificação do assalto ao paiol de Tancos. Que essa ingenuidade fosse a matriz do que se veio a passar posteriormente, ainda que como tentativa de salvar a honra do convento, é que não seria de esperar. Num contexto de conflito público e notório sobre a competência da investigação, os investigadores militares não deveriam desconhecer que aquilo que fizessem, ou deixassem de fazer, estaria, como esteve, em severo escrutínio. Só por ingenuidade poderiam pensar que qualquer dislate, por mais nobre que pudesse parecer aos seus olhos, não teria consequências.