"Todos sabemos, infelizmente, que a pontualidade não é um valor que se cultive entre
nós. Mas também todos sabemos que a mais elementar regra de boa educação leva a que
quem se atrasou peça, sem “mas” nem “ses”, desculpa pelo atraso. Se assim for, tudo se
inicia com o tom e a substância da intersubjectividade que correm entre “decent people”.
Por isso, é inadmissível que os senhores juízes ou as senhoras juízas, com marcantes e
saudáveis excepções, cheguem atrasadíssimos aos actos a que devem presidir, mormente
audiência de discussão e julgamento, e não tentem sequer balbuciar um simples e
educado pedido de desculpa."
Do artigo do Prof José de Faria Costa, A Justiça e as pequenas coisas, publicado no Público de hoje, com leitura obrigatória