A existência de um serviço de informações só tem sentido se tiver os meios adequados ao cumprimento das funções que lhe estão atribuídas.
Numa sociedade global, um serviço de informações só cumprirá cabalmente as suas funções se for um interlocutor credível para os outros serviços de informações.
A primeira pergunta importará uma resposta simples: um país, o nosso, precisará ou não de um serviço de informações?
A segunda, sendo positiva a primeira, será de resposta mais complexa: precisando, que meios lhe devem ser facultados?
A existência de um tal serviço exigirá sempre uma compressão de direitos.
Só ingenuamente se pode conceber um serviço de informações coligindo notícias de jornais ou elaborando relatórios em modo ficção.
Do que tenho lido sobre o tema, a questão não será tanto a dos meios mas a dos mecanismos de controlo da sua utilização.
É evidente que num país em que o segredo de justiça é um segredo de polichinelo, todas as dúvidas sobre as instâncias de controlo estão legitimadas.