O PCP deu o pontapé de
saída. Há muito que se adivinhava que seria necessário mexer, sem segredos, nas
secretas. O mérito do PCP, ainda que
se possa não concordar com tudo o que defende nesta área, foi o de trazer para
o espaço público uma matéria que, passados todos estes anos sobre o 25 de
Abril, continua ainda a concitar dúvidas e receios.
Precisamos ou não de
serviços de informações? Ou as diversas polícias existentes poderão assumir
tais funções?
E sendo necessários, há
a disponibilidade para lhes dar os meios de ação idênticos aos que possuem aos
da generalidade dos serviços de informações dos outros países, nomeadamente os
europeus?
Por razões que se
afiguram óbvias, a substituição das pessoas justificar-se-á; mas também assumir
a remodelação não deixará de ter idêntica urgência.
Para sossego de muitos
cidadãos, a fiscalização deste tipo de serviços tem de ser credível. Sem ela,
todas as substituições e remodelações serão inquinadas por um pecado original.
Por último, e não menos
relevante, é preciso libertar os
serviços de informações dos fazedores de
opinião que, objetiva e subjetivamente, os condicionam, pelo menos na sua
perceção pública.