sexta-feira, 15 de julho de 2016

Pontapé de saída

O PCP deu o pontapé de saída. Há muito que se adivinhava que seria necessário mexer, sem segredos, nas secretas. O mérito do PCP, ainda que se possa não concordar com tudo o que defende nesta área, foi o de trazer para o espaço público uma matéria que, passados todos estes anos sobre o 25 de Abril, continua ainda a concitar dúvidas e receios.
Precisamos ou não de serviços de informações? Ou as diversas polícias existentes poderão assumir tais funções?
E sendo necessários, há a disponibilidade para lhes dar os meios de ação idênticos aos que possuem aos da generalidade dos serviços de informações dos outros países, nomeadamente os europeus?
Por razões que se afiguram óbvias, a substituição das pessoas justificar-se-á; mas também assumir a remodelação não deixará de ter idêntica urgência.
Para sossego de muitos cidadãos, a fiscalização deste tipo de serviços tem de ser credível. Sem ela, todas as substituições e remodelações serão inquinadas por um pecado original.
Por último, e não menos relevante, é preciso libertar os serviços de informações dos fazedores de opinião que, objetiva e subjetivamente, os condicionam, pelo menos na sua perceção pública.