No DN,
Paulo Tavares questiona o desempenho da Secretária-Geral de Segurança Interna,
sugerindo que "se o cargo e as competências estão mal desenhados,
redesenhe-se a coisa ou acabe-se com a figura".
Sobre
o tema, escrevi em 9 de agosto de 2011:
A criação do Secretário-Geral
do Sistema de Segurança Interna foi um equívoco teórico e um descuido
governativo. Pensar que um super-polícia, assim batizado em pasquinês, poderia coordenar as tensões que os anos refinaram
até ao absurdo, adiou a solução de um problema que continua a ser caro ao país
e prejudicial à sua segurança.
E
em 11 de setembro de 2014:
13 anos depois do 11 de
setembro e 6 anos após a criação inglória de um secretário-geral do Sistema de
Segurança Interna, continua-se, à volta de uma mesa, a analisar o conceito e a
perspetivar a organização. Tanta análise só denuncia a incapacidade política,
nos sucessivos governos, para um consenso entre os ministros intervenientes. A
dispersão das tutelas policiais, estimulando os corporativismos e
as clientelas ministeriais, é a doença infantil da Segurança Interna. Até lá, a
análise continuará: irresoluta.