Um banqueiro ex ausentou-se para paradeiro incerto, com o alegado propósito de assim escapar ao cumprimento de uma pena de prisão. O país indignou-se, o que aliás não é difícil. A fuga é sempre uma possibilidade, mas, diga-se em abono da verdade, com grande probabilidade de insucesso. Num mundo global, fugir tornou-se penoso, mesmo para um banqueiro ex. Com processos que se arrastam durante anos, esta situação, ou idêntica, só não poderia verificar-se se não houvesse qualquer prazo para a prisão preventiva. O que importa averiguar não é a fuga mas o deambular dos processos. Perigosamente, a retórica contra as garantias volta ao espaço mediático.