sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Antes a Maya
Há uns anos, integrei diversos júris de avaliação para entrada no Centro de Estudos Judiciários. Candidatos que ultrapassassem a prova escrita tinham de realizar uma prova oral e submeter-se a um exame psicológico de aptidão. Este exame não tinha carácter vinculativo, mas nem por isso deixava se ser insólito. Uma vez, um jovem examinando, que tinha tido prestações muito positivas nas provas escrita e oral, foi julgado, pelo psicólogo, incapaz por não ter perfil. Os membros do júri, que o tinham interrogado em dois dias sucessivos, foram unânimes no bom senso e em não levar a sério a apreciação psicológica. O examinando de então é hoje um experiente e dedicado juiz.