Um presidente, uma maioria absoluta, um governo
O que parecia ser o caminho constitucionalmente mais adequado para enfrentar a crise, revelou-se, um ano e poucos meses depois, o nó górdio do sistema. Sendo uma convergência sem dialética, sem tensão criadora, o desempate crítico foi atirado para o tribunal constitucional e para a rua. Para uma democracia é bom que haja um balancear dos poderes, um confronto em que os cidadãos se possam rever. Quando a política se torna apolítica, ou seja, uma rotina de bastidores, não admira que cresça o pânico social, o medo do futuro.