A população prisional, numa pandemia, apresenta um risco mais elevado do que o que apresentará a generalidade da população. As razões são várias, da higiene à saúde, não desmerecendo as condições de acomodamento. Proibir as visitas será um passo, ainda que perigoso para o equilíbrio psicológico dos presos. O contacto com o exterior continua a manter-se através dos guardas e e de outros agentes administrativos. O distanciamento social, tanto quanto se conhece do interior das prisões e da sua lotação, é uma impossibilidade. E o que se fará como os novos presos? Há espaço nas prisões para que fiquem de quarentena? Ser-lhes-ão feitos testes e/ou exames prévios? Os presos serão a última das preocupações, se é que o são. Mas a verdade é que também para nós não poderão deixar de o ser.