Investigar ou bisbilhotar
Os números avançados ontem, no Diário de Notícias, sobre as interceções telefónicas realizadas em Portugal deveriam merecer uma análise cuidada do Ministério Público. Por cada 100 mil habitantes, estamos muito à frente da França, da Alemanha, da Áustria, do Reino Unido ou dos Estados Unidos. Esse uso excessivo não valoriza a investigação, descredibiliza tal meio de obtenção de prova. Entre o investigar e o bisbilhotar a diferença torna-se perigosa.