A geografia judiciária sedimentou-se na sociedade ao longo de gerações; não se compadece com o experimentalismo, seja qual for a razão deste. A última reforma que, com inteligência, respeitou a memória dessa geografia ficou a dever-se ao ministro da Justiça Laborinho Lúcio. A sua infeliz desarticulação, logo no início da governação de Guterres, foi o primeiro passo para os sucessivos sobressaltos que até hoje vêm dominando o mapa da justiça.