O livro de José Sócrates condensa, com gramática, uma reflexão exigente sobre
um meio de obtenção de prova que se poderia pensar banido, pelo menos em
sociedades democráticas, há muito. Em tempo de crise, o perigo da dissolução
moral vai ao encontro da justificação de todos os meios, por mais improváveis
que alguns deles, historicamente, o pudessem ser. A sua leitura não tem apenas
uma vertente académica; é também um exercício cívico.