Há uns meses,
recebi uma fatura da Meo (serviço de banda larga) com um custo acima daquele
que habitualmente me era debitado.
Pensei
tratar-se de um lapso que viria a ser corrigido, o que não aconteceu.
Decidi, então,
acabar com o serviço dado que não estava vinculado a qualquer período de fidelização.
Dirigi-me a
uma Loja Meo para o efeito, tendo-me aí sido dito que o deveria fazer
telefonicamente.
Liguei para
a Meo por diversas vezes e em diferentes dias, ficando à espera de ser atendido entre 15 e 30
minutos, o que não ocorreu.
Liguei, então,
com o propósito de falar com alguém da Meo.
A chamada
foi atendida de imediato.
Depois de
ter dito à operadora ao que ia, esta disse-me que deveria ter carregado algum
programa e que isso se traduziu na assunção de um novo preçário, mas que se
poderia acertar um novo preço.
Respondi-lhe
que não o pretendia, continuando com o propósito de me desligar da Meo.
Disse-me
que, sendo assim, iria reencaminhar a chamada para quem trataria do assunto já
que essa seria matéria que não lhe competiria.
Fiquei de
novo em suspenso, sem que ninguém atendesse a chamada.
Em 24 de
abril e 27 de junho, reclamei para a Anacom, nomeadamente no sentido de saber
se com aquele comportamento a Meo podia continuar a exigir o pagamento de um
serviço que já sabia que o cliente não desejava e que também sabia, pois para
isso tem meios, que o cliente não utilizava.
Até agora
não obtive resposta da Anacom.
Em 27 de
julho, recebi um telefonema da Meo alertando-me que devia uma certa quantia.
Tendo dito
à operadora que há meses tentava acabar com o contrato, esta respondeu-me que
estava findo.
Paguei a
quantia.
Afinal não
estava findo, mas suspenso, pelo que, pagado o que devia, a Meo continuou a
debitar-me novas quantias.
Pelo site
da Anacom, dirigi-me diretamente à Meo, da qual obtive, por duas vezes, a mesma
resposta cínica: não receberam qualquer carta, com cópia do cartão do cidadão,
solicitando a rescisão do contrato.
Sobre os
telefonemas, ignoraram que esse era o cerne da questão.
O assédio
da Meo continua, como continua o silêncio da Anacom.
Para cobrar
mais, para alterar o tarifário, basta que alguém aceda a um qualquer programa
sem dar por isso; para riscar a Meo da nossa vida, é uma vicissitude.
A Meo é concessionária
de um bem público; se a concessão fosse democraticamente a votos, o meu seria
não.