Não há máscaras para todos, nem as haverá tão cedo.
Em matéria do uso de máscaras, somos iletrados.
(No supermercado, ontem. Mãe e filha, presumo, com máscaras. A uma distância de 6 a 7 metros uma da outra, a primeira, afastando a máscara, grita para a segunda, Que fruta queres?).
O distanciamento social, o confinamento e a higiene têm sido respostas com resultados.
Mesmo que houvesse máscaras para todos, aquelas medidas continuariam a ser as respostas de primeira linha.
Que um especialista venha dizer, com ampla publicidade, que se deveria utilizar máscaras quando se vai ao supermercado, é estar numa realidade outra.
A atividade da Direção-Geral de Saúde não pode ser minada por uma questão que neste momento é lateral no combate à pandemia.
As máscaras, isso sim, são fundamentais para quem continua a trabalhar para que possa haver, pelo menos, uma aparência de vida.
Segundo o Le Monde, 88% dos franceses considera que o confinamento é o único meio eficaz para combater a pandemia.