O Gebo e a Sombra
Ao ver o filme de Manoel de Oliveira, ocorreu-me a expressão de Raúl
Brandão, no Húmus: Com ilusões podia-se
ser pobre – sem ilusões só se pode ser rico. Nos tempos que correm, não
sendo propícios às ilusões e com uma riqueza a dividir por cada vez menos, a
dignidade de um Gebo é um anacronismo histórico. E a Sombra, a que perseguia o
Gebo, tornou-se numa contabilidade sem glória.