São tantos, os imunes e os impunes. Não têm culpas, apenas desculpas. A justiça não presta, a culpa não é deles. O ensino desilude, a culpa não é deles. Enganaram-se nos amores, a culpa não é deles. Vivemos um tempo de culpas alheias e de muitas desculpas nossas. O discurso desresponsabilizante já não é apenas de arguidos ou de crianças que, às escondidas, comem chocolates.