“O
julgamento de Vieira de Brito começou a 28 de Novembro de 1870. A sala estava
cheia e, caso único, cerca de 70 senhoras vieram ver o espectáculo da galeria
particular. O réu chegou de trem, acompanhado por um grupo de amigos e por um
delegado do Ministério Público. No segundo e no terceiro dia, a assistência era
ainda maior (e com mais senhoras). O interesse do público «ia crescendo» à
medida que se desenrolava a história do «funesto drama da rua das Flores». Na
sala (ou seja, na parte térrea da sala), os curiosos «disputavam com empenho»
uma centena e meia de lugares e o redactor do Diário de Notícias comentou o
facto, lamentando que não existisse em Portugal uma sala suficientemente vasta
para «grandes julgamentos». Sobretudo, porque no claustro e no largo da Boa
Hora se apinhava uma enorme multidão, que não conseguia entrar.”
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