Na ficção, o tratamento da justiça e dos seus agentes é feito, quase quase sempre, pelo lado da caricatura. O contrário acontece, por exemplo, com a medicina ou com o ensino, em que médicos e professores assumem, quase quase sempre, uma dignidade em que o profissional se confunde com o humano. A retórica da justiça, trajando a opacidade dos compromissos e não a evidência das causas, será sempre um bom pretexto para um humor descarnado. De facto, o defeito não está na ficção, mas nessa incapacidade de usar outras becas.