domingo, 10 de outubro de 2010

A crédito

O Orçamento Geral do Estado, sendo sempre importante, assume este ano uma particular importância. Dizê-lo é dizer o óbvio. O nosso futuro, que está em muito na mão do crédito que tivermos, incluindo o moral, passa pela aprovação desse documento. Inviabilizá-lo, ainda que não seja uma birra, tem aquele desígnio das coisas trágicas e que, tardiamente, descobrimos inúteis. Seria um ato de cobardia. Coragem teria sido, há uns tempos, apresentar uma moção de censura ao Governo, procurando, corajosamente, antecipar as eleições, com os riscos e as glórias inerentes. Incluindo a glória de poderem vir a produzir um Orçamento, mesmo que talvez não viesse a ser muito diferente daquele que agora está em jogo.