Os alertas dos EUA sobre a atividade terrorista nunca podem deixar de ser tidos em conta, por muitas que sejam as fábulas que se conhecem sobre a matéria. Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros, veio sossegar-nos reiterando o que se diz há muito: Portugal, de momento, é um país "sem risco acrescido".
Durante algum tempo, pude refletir sobre a questão do terrorismo em Portugal. O que fui descobrindo foi a ausência de um discurso sério, coerente e capaz sobre o que se passa no nosso país. Quando se tornou manifesto que Portugal era um espaço de circulação de terroristas, um local de armazenamento de explosivos, um sítio de refúgio onde, facilmente, se constrói uma nova entidade, o que se exigia, exige, como politicamente correto era, é, desvalorizar as situações, como se elas não traduzissem um "risco acrescido". Pelo menos, de momento.