Em 2011,
11000 telefones estiveram sob escuta. Não sendo especulativo considerar que, por cada telefone e durante o período em que as escutas se prolongaram, não menos de 10 pessoas contactaram com os respetivos portadores, poderá concluir-se que, pelo menos, 110000 cidadãos viram, ainda que legalmente, a sua vida devassada. Conhecendo-se os tratos de polé que este meio de obtenção de prova tem sofrido, é natural que os receios cívicos aumentem na proporção em que a sua utilização tem aumentado.