A imaginação dos polícias sempre foi fértil; a dos espiões é, por vezes, delirante. A dos observadores, porém, ultrapassa uma e outra, situando-se já no domínio da patologia crónica. Vem isto a propósito dos
tumultos anunciados em relatórios apenas discretamente secretos. Nada protege melhor uma política socialmente agressiva do que estes relatórios, feitos de meias tintas e pouca gramática.