As provas científicas na administração da justiça são cada vez mais sofisticadas e, simultaneamente, mais difíceis de perceber pelos diferentes intervenientes processuais. Na generalidade dos casos, os tribunais contentam-se com os resultados, não questionando o modo da sua produção. No entanto, a credibilidade dos resultados só pode medir-se pela credibilidade dos meios e dos procedimentos. É, por isso, estranho que nos tribunais portugueses o contraditório nas provas científicas, ou tidas como tal, seja tão pouco suscitado.