Nem sempre se deve desconfiar das pessoas
graves, aquelas que caminham com o pescoço inclinado para baixo,
os olhos delas a tocar pela primeira vez o caminho que os pés confirmarão
depois.
Às vezes elas vêem o céu do outro lado do caminho que é o que lhes fica por
baixo
dos pés e por isso do outro lado do mundo.
Rui Costa, do poema A Nuvem Prateada das Pessoas Graves