terça-feira, 4 de junho de 2013

Leituras

Embora seja tentador pensar as migrações transatlânticas para as Américas como sendo de cariz europeu, até cerca de 1820 o emigrante que com mais frequência se encontrava no Atlântico era africano. Antes de 1820, cerca de dois milhões e meio de europeus migraram para as Américas, mas na mesma altura quase oito milhões e meio de africanos foram levados nos navios negreiros. Do número total de africanos desembarcados nas Américas, menos de dez por cento foram levados para a América do Norte. A grande maioria foi descarregada no Brasil e nas Caríbas, por uma simples razão: iam trabalhar nas plantações de açúcar. Apesar da dispersão de escravos por todos os recantos das economias americanas (com trabalhos que iam das lides domésticas até às funções de vaqueiros), foi o açúcar que fez a grande maioria atravessar o Atlântico.
(pags 84/85)