O texto de Irene Pimentel sobre a prisão preventiva e a medida de segurança antes de 1974, que pode ser lido no Jugular, deveria ser estudado na escola que nas últimas décadas tem reproduzido juízes e procuradores - o Centro de Estudos Judiciários. Quando se ouve, entre a convicção e a boçalidade, que o tempo de prisão preventiva já ninguém lho tira, apercebemo-nos que os resquícios do fascismo continuam no argumentário judiciário. Não havendo uma razão direta e imediata entre a evolução do direito e o imobilismo da justiça, esta foi sempre presa fácil das razões e das práticas populistas.