Querer governar é legítimo e a retórica é um instrumento fundamental para que, democraticamente, se possa atingir esse desiderato. Saber o que se quer, saber como realizá-lo, apresentar essas propostas, defendê-las, é o trajeto de qualquer político. Quando não se sabe o que se quer, ou, querendo, não se sabe como realizá-lo, apostando na ausência das propostas e no desgaste dos equilíbrios sociais, então a política transforma-se num propósito ilegítimo. É ao que assistimos, perigosamente.