O sistema judicial, o nosso, seria capaz de se questionar a si próprio, procurando a verdade, mesmo que isso implicasse perder a face? Esta interrogação não é minha mas de Pedro Adão e Silva no Expresso de ontem (sem link).
Minha poderá ser esta resposta desencantada: não.
A doença corporativa é tão enraizada, e, simultaneamente, tão cúmplice entre as diversas castas, que leva a que não haja equilíbrios no sistema mas desadequadas e perigosas solidariedades.
De uma justiça que ultrapassa os problemas lançando-os para trás das costas, esquecendo os insucessos e omitindo a obrigação de os avaliar, só por milagre seria de esperar que um dia perdesse a face pelas injustiças que cometeu ou pelas incapacidades de que deu provas.