sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Balanço
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Aos milhões
O arquivamento de um inquérito não resulta apenas da insuficiência da prova recolhida, indo da desistência do procedimento criminal, ou seja, do perdão, à inexistência de crime, aliás de acordo com o que dispõe o artigo 277º do Código de Processo Penal, nos seus nºs 1 e 2.
Os sucessivos relatórios anuais da Procuradoria-Geral da República não operam essa diferenciação.
Não só do ponto de vista didático, mas também no sentido de melhorar o desempenho do Ministério Público, seria útil fazê-la.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Percentagens
É pena que não se discriminem, por anos de registo, estes que vêm de anos anteriores, já que é aí que se encontram, muitas vezes, as notícias do bloqueio.
No mesmo período, foram requeridos julgamentos, nas suas diversas formas de processo, em 68757 (8,9%).
O instrumento de consenso que se traduz na suspensão provisória, previsto no artigo 281º do Código de Processo Penal, foi utilizado em 8248 (1%).
Foram arquivados, nos termos do artigo 277º do mesmo Código, 411692 (53,6%).
E arquivados, nos termos do artigo 280º, 1670 (0,02%).
Terminaram, por “outros motivos”, 47714 (6,2%).
Estes motivos reportam-se, na generalidade, a situações de duplicação ou apensação de inquéritos.
Transitaram, para 2010, 228652 (29,8%).
Destaca-se que dos inquéritos transitados, 57784 (25,2%) tinham registo de 2008 e de anos anteriores.
FONTE
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
The Year in Wall Street Investigations
Para ler no ProPublica
O Princípio da Incerteza
Se a esta decisão associarmos a notícia do Público (sem link) sobre o aumento sustentado, fora do âmbito judicial, dos testes que visam garantir a verdade científica da paternidade, não será difícil concluir que o ato procriador já não é legitimado pela fé. Deixámos a poesia, passámos à prosa.
*O título do texto fui buscá-lo a um belíssimo livro de Agustina Bessa-Luís.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Modernidade
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Natal
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A taluda
Indulgências
The Right to Food and Buyer Power
Este artigo do Prof. Aravind R. Ganesh pode ser lido no German Law Journal.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Organização da Investigação Criminal
Consegui recuperá-lo graças ao Lemos da Costa que lhe deu guarida no INCURSÕES.
Ao relê-lo, quase sete anos depois, verifico que as interrogações se mantêm e que as poucas certezas se confirmaram.
***
Em 10 de Agosto de 2000, foi publicada a Lei nº 21 com o propósito de fixar uma nova Organização da Investigação Criminal.
Foi feita à medida dos propósitos da Polícia Judiciária, entidade que vê a sua Lei Orgânica renovada em 9 de Setembro seguinte pelo Decreto-Lei nº 275-A de modo a adequar-se a essa Organização.
Estabelece-se um catálogo de crimes cuja competência lhe fica reservada, prevendo-se a hipótese do Procurador-Geral da República deferir àquela entidade a investigação de crimes que não estejam abrangidos nessa reserva.
A este diploma subjaz a ideia de que a PJ deve desenvolver a sua actividade apenas relativamente a crimes de maior relevância e que exijam meios técnicos mais sofisticados, nos quais se inclui, obviamente, as escutas telefónicas.
Daí, como se deixou demonstrado em posts anteriores, resultou um significativo decréscimo do número de processos em que tem intervenção, com o consequente aumento da actividade processual da GNR e da PSP.
Assim, desenha-se uma área muito vasta da criminalidade, incluindo a sua dimensão territorial, que passa para estas (GNR e PSP), permitindo-lhe a aquisição de um manancial de informação relevante.
Durante anos, mesmo no interior da PJ, houve quem defendesse que a redução substancial dos tipos de crime a investigar, nomeadamente em Lisboa e Porto, amputaria a sua eficácia pois a privaria da aludida informação.
Sustentavam que a pequena e a grande criminalidade não são áreas estanques, antes funcionando como um sistema de vasos comunicantes.
Se antes de 2000, no DIAP de Lisboa, o órgão de polícia criminal interlocutor maioritário do Ministério Público era a PJ, hoje essa posição é assumida pela PSP.
Creio que o mesmo se poderá dizer relativamente ao DIAP do Porto.
Por outro lado, fora dos grandes centros, a actividade da GNR, na investigação criminal, ganhou um significativo impulso.
Decorridos quatro anos sobre a Lei da Organização da Investigação Criminal, está por fazer um levantamento rigoroso dos seus resultados.
Há uma maior eficácia na investigação dos crimes do catálogo?
Essa eficácia tem-se traduzido numa melhor recolha de elementos de prova?
E isso tem tido tradução judicial?
Temos alguns números, precisamos da substância.
Empiricamente, poderia dizer que tanto a GNR como a PSP empenharam-se em ganhar uma oportunidade que parecia um presente envenenado.
Politicamente, talvez pudesse escrever que na elaboração de uma futura lei da Organização da Investigação Criminal são entidades que não irão ficar à margem.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
When Zombies Win
How did that happen?
Paul Krugman
domingo, 19 de dezembro de 2010
Os restos
*Este texto deve-se à leitura da crónica de Pedro Adão e Silva, ontem, no Expresso.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Fantasmas
Tal Decreto foi promulgado, para ser publicado como Lei, com as reservas presidenciais que podem ser lidas aqui.
As leis são instrumentos nas mãos das mulheres e dos homens, sejam políticos ou não, que têm sempre uma margem de corrupção, não as havendo incólumes e/ou absolutas.
Lidas as alterações e confrontando-as com as reservas presidenciais, fica-se com a ideia que estas não o são à lei mas aos políticos.
A retórica, tão eficazmente popular, sobre o desvalor moral dos políticos incendeia a democracia e foi sempre uma porta de entrada das ditaduras.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Simetria
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Indelicadezas
O martírio
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Iliteracia
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Melhores serviços públicos
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Mário Soares
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Uma evidência inelutável
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Seis mil
Adenda: acrescentei "sem habilitação legal"
Ongoing
Suspeita-se que o Ongoing viole o limite de 30% de participação estrangeira em meios de comunicação. O grupo nega e e diz cumprir integralmente a lei.
É o que aperece escrito na primeira página da Folha de S. Paulo de ontem. Na página B8, lá aparecem as fotografias, em grande plano, dos protagonistas Agostinho Branquinho e José Eduardo Moniz.
sábado, 27 de novembro de 2010
Contenção orçamental
LUSA
Marinho e Pinto
Adenda: Marinho e Pinto, 9532 votos, Fernando Fragoso Marques, 5991, e Luís Filipe Carvalho, 3666. Não foi mais de metade, esteve lá perto.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Palpites
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Assim, assim
“O cego do átrio viera subindo também, pela mão de uma rapariguita esguedelhada.
- O senhor escrivão Carvalho, meu senhor?
- Não conheço, meu amigo. E vossemecê que vem fazer aqui?
- Saiba Vossa Senhoria que sou testemunha.
- Testemunha… testemunha ocular?
- Assim, assim…”
Vem isto a propósito dos testemunhos oculares e do seu valor em caso de identificação.
Estudos recentes têm demonstrado que é fácil, voluntária ou involuntariamente, induzir recordações, criando falsas memórias.
“False memories are constructed by combining actual memories with the content of suggestions received from others. During the process, individuals may forget the source of the information. This is a classic example of source confusion, in which the content and the source become dissociated.”
É o que escreveu a Professora Elizabeth F. Loftus no trabalho intitulado Creating False Memories e que merece uma leitura atenta por quem investiga, acusa, defende ou julga.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Erro judiciário (5)
Testemunhas
Tem de ser e levanto-me. É o “libelo acusatório”? cheio de pistolas e facas no entrelinhado da prosa. Vai-me doendo a cabeça para ouvir. As pernas aguentam, interessadas talvez ainda na história. A certa altura houve um corrupio nos intestinos, percorrendo-me todas as circunvalações até à porta. Fechei a porta. Meu Deus. Como a tarde é difícil. Então o oficial de diligências fez-me no ombro que me sentasse. Era a vez das testemunhas. De um a um, seis tipos todos de cinzento, torvos, o olhar de cinza, chegam ao sítio onde se diz a verdade, toda a verdade. E juram, de um a um, dizer toda a verdade. Mas eu penso que devia haver outros tipos que viessem jurar que eles juravam a verdade – se não, como saber-se que dizem a verdade? E outros, naturalmente, que jurassem a jura desses. Oh, acabai com a comédia, estou tão cansado. Depois os seis vêm para a minha frente, três para cada lado. Estão parados, olham-me, o olho pardo parado. Muito frio. O juiz central bateu o martelinho de madeira:
-Podem começar!
e eles começaram. Alternadamente foram dizendo, e eu fui ouvindo."
Vergílio Ferreira, Nítido Nulo
domingo, 21 de novembro de 2010
Geografia do mundo
sábado, 20 de novembro de 2010
A disfunção de uma greve
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A reforma definitiva
terça-feira, 16 de novembro de 2010
National Institute of Justice
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
As escutas continuam o seu glorioso caminho
José Leite Pereira, JN
domingo, 14 de novembro de 2010
Cartas anónimas
Ou denúncia civicamente irresponsável
sábado, 13 de novembro de 2010
Denúncia civicamente anónima
Tiago Moitinho, residente no Largo do Beco, aqui em Faro, é um trabalhador da Câmera e anda de Jaguar. Não comprou o carro com o dinheiro que ganha. A sogra diz na mercearia que o jenro recebe muitas prendas por ser muito simpático. O que ele é é um currupeto. Está feito com os das obras. Não lhe doam as mãos e meta-o na cadeia senhor Procorador. O malandro nem sequer cumprimenta os visinhos.
A Bem da Nação
Uma questão de título
Condenados
Enganos
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Uma Justiça de biscates
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Os prazos da Justiça
Dez anos depois, negar razão, a quem quer que seja, é uma injúria, a não ser que JJ, ou por que mudou de casa, ou por que emigrou, ou por que, nunca venha a ter notícia da decisão.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Erro judiciário (2)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Acusar a brincar
"Aquilo revelou-se um balão sem ar", disse o procurador, nas alegações do processo, ao referir-se à acusação.
O magistrado do Ministério Público acrescentou que não se poderia condenar com base em suposições e que toda a história se resumiu a uma "ficção".
Jornal de Notícias
domingo, 7 de novembro de 2010
Criminalizar a brincar
Criminalizar é a doença infantil de alguns políticos, aliás de vários credos, que lhes dificulta que atinjam a maturidade.
sábado, 6 de novembro de 2010
Erro judiciário (1)
Tretas
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Erro judiciário
Distâncias
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Registo
BPN
sábado, 30 de outubro de 2010
Diabolização
A causa das cousas
(...)
Si les faits - qui s'accumulent chaque jour - viennent confirmer cette théorie, les grandes banques feront face à une montagne de poursuites judiciaires. Elles perdront aussi leurs droits sur des milliers de maisons. Janet Tavakoli, experte de la finance aux Etats-Unis, parle d'une facture possible de plus de 700 milliards de dollars (505 milliards d'euros) pour les banques. En d'autres mots : la faillite pour plusieurs d'entre elles.
Le Monde
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Intenções impossíveis
Mas a realidade é que não são agora. Nem serão amanhã. Ou depois. Ou depois do depois. É aí que reside a responsabilidade política dos que ganhariam, agora, essas eleições impossíveis.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Pôr o nome aos ditos
A maldade e a circunstância dela
O bom, o mau e o vilão
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Absurdo
domingo, 24 de outubro de 2010
O estardalhaço
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Uma rara violência
Plus fondamentalement, cette crise a accéléré une mutation en profondeur de l’économie mondiale et le déplacement de la puissance économique des pays développés vers les pays émergents. Ce déplacement aura des conséquences sur les circuits économiques et financiers ainsi que sur les questions géopolitiques.
Jacques Attali
Adivinhação
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O Ministro, a Justiça e os seus louvores
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Uma justiça perigosa
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A casa dos segredos
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Uma dúvida metódica
sábado, 16 de outubro de 2010
Uma questão de bom senso
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (2)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Doc.Lisboa
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Portugal no Conselho de Segurança
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Sem memórias
Adenda: 1-11-2004
Números imaginários
CHINADAILY
domingo, 10 de outubro de 2010
Desilusão doméstica
A crédito
sábado, 9 de outubro de 2010
Diário de estibordo
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Novas patentes
Coragem outra
As escutas telefónicas voltam e revoltam. É urgente reduzi-las ao seu interesse estritamente funcional. Enquanto assim não for, num meio judiciário com padrões deontológicos que deixam muito a desejar, vamos continuar a tê-las como arma de arremesso, na mais manifesta, perversa e impune das violações da privacidade. Também aqui é preciso coragem para redefinir o respectivo enquadramento legal, restringindo a sua prática, definindo as condições do seu interesse para a investigação e determinando um curto período de tempo para a sua destruição. Se não se considerar ousado concluir que 90% das escutas que por aí pululam não têm qualquer interesse para a investigação, então compreenderemos que a questão é mesmo premente.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Melhor Europa
Much of the discussion about how to impose more convergence among member states of the eurozone has focused on what national governments should do to avoid divergent developments in a number of macroeconomic variables (competitiveness, current account imbalances). Without denying that national governments bear part of the responsibility, the role of these governments has been over-emphasised. Conversely the role of the monetary authorities, in particular the ECB, has been under-emphasised.
Do uso público do véu
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Os limites da testemunha
Minutes before a major terrorism trial was about to begin, a federal judge barred prosecutors in Manhattan on Wednesday from using a key witness.
The government had acknowledged it learned about the witness from the defendant, Ahmed Khalfan Ghailani, while he was being interrogated while being held in a secret overseas jail run by the C.I.A.
The ruling by Judge Lewis A. Kaplan would seem to be a setback for the Obama administration’s goal of trying former detainees in civilian courts because it would limit the kinds of evidence that prosecutors can introduce.
After releasing his decision, the judge delayed the trial’s opening until next Tuesday, giving the government time to adjust its strategy or to appeal the ruling, although it was not immediately clear if prosecutors would appeal.
“The court has not reached this conclusion lightly,” Judge Kaplan said as he read his order from the bench. “It is acutely aware of the perilous nature of the world in which we live. But the Constitution is the rock upon which our nation rests. We must follow it not only when it is convenient, but when fear and danger beckon in a different direction. To do less would diminish us and undermine the foundation upon which we stand.”
Tribunais verdes
Le tribunal vert aura le même statut qu'une haute cour de justice. Il pourra fixer le montant des compensations, en cas de préjudices causés par la pollution d'un site, par exemple. Les plaignants auront la possibilité de faire appel des décisions auprès de la Cour suprême de justice. Les membres des tribunaux seront des juges et experts nommés directement par le ministre de l'environnement.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Sem risco acrescido
domingo, 3 de outubro de 2010
A retórica e a sua unicidade
sábado, 2 de outubro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Justiça digital, já
domingo, 26 de setembro de 2010
Imperativo ético
A redução do défice orçamental é também uma questão de direitos sociais. Traduzindo um encargo global, este deverá ser repartido de modo a que não recaia insidiosamente sobre os que têm menos independência económica. Seria o que aconteceria se a redução se concretizasse apenas pela contenção da despesa. O aumento da receita é um imperativo ético que permitirá a correção dessa redução, tornando-a socialmente mais equilibrada.
sábado, 25 de setembro de 2010
Rebaixas
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Criminologias
De repente, o CSI deu a volta às cabeças e a criminologia tornou-se o 7º céu das esperanças académicas. Ter letrados no crime não garante que o não haja, mas acautela-nos do perigo de algumas generalizações e de umas tantas jurisprudências.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Aqui, não; ali, sim
Ao José foi instaurado um inquérito pela prática de um crime de condução sob o efeito do álcool.
Convocado para ser interrogado no Tribunal, aí se dirigiu acompanhado de um advogado estagiário.
Depois do interrogatório, realizado por um funcionário, e na presença do advogado, este solicitou falar com a magistrada do Ministério Público no sentido de sugerir, já que o arguido o aceitava e se verificariam todos os pressupostos necessários, que se optasse pela suspensão provisória do processo.
A resposta foi rápida e incontornável:
«Aqui, não. Bem sei que na comarca ao lado aplicariam a suspensão, terão outros critérios, mas na minha comarca não o fazemos.»
E a estória acabou assim: com um aprendiz de advogado a compreender que a justiça pode ser aqui é não, ali é sim. Ou vice-versa. O que nunca lhe tinham ensinado na Faculdade.
sábado, 18 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Nova gente
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
As ilusões
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Carácter, unidade de medida
domingo, 12 de setembro de 2010
O medo da justiça
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
A fundamentação
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Serviço público
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Indignações
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Vulgaridade
sábado, 4 de setembro de 2010
Uma escolha segunda
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
terça-feira, 31 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Um país de assistentes
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Lopes da Mota
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Um lugar de passagem
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Verão Quente, 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
A prazo
O Código de Processo Penal fixa prazos para a realização dos inquéritos. Apesar disso, órgãos de polícia criminal e Ministério Público dão-lhes pouca atenção. Numa estimativa empírica, dir-se-á que mais de metade dos inquéritos ultrapassam esses prazos, por vezes de uma maneira escandalosa. Não havendo consequências para tal violação, justifica-se, plenamente, a intervenção hierárquica no sentido de se fixarem prazos para a finalização dos inquéritos, pelo menos nos casos mais insólitos, mediáticos ou graves e quando ultrapassados os que constam da lei. Se alguma crítica haveria a fazer à hierarquia do Ministério Público, é que o não faça com mais frequência. Quando esses prazos fixados hierarquicamente possam comprometer a investigação, é obrigação do magistrado respectivo dar conhecimento da situação à hierarquia de modo a que se encontre uma solução adequada. Qualquer inquérito é a prazo, a não ser que se queira ter uma novela.
Faltas outras
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Autonomia(s)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
A orfandade
domingo, 1 de agosto de 2010
Um obscuro porvir
sábado, 31 de julho de 2010
Transparências
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Garde à vue
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
A unicidade policial
Recentemente, o ministro da Justiça manifestou-se contra a existência de uma polícia “única” e defendeu a continuação de uma polícia sob a sua tutela.
Trata-se de uma afirmação programática que está em desacordo manifesto com as opções que têm a vindo a ser tomadas, pelo menos desde o ministro da Justiça António Costa, no âmbito da segurança e da investigação criminal.
Compreendo que, no actual contexto, um ministro da Justiça sem uma polícia seja um ministro sem expectativas de algumas alegrias.
Mas o mundo tem mudado de tal forma que não é mais possível defender um modelo que esgotou, há muito, o seu prazo de validade.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
A revisão impossível
terça-feira, 20 de julho de 2010
Abundam os exemplos
domingo, 18 de julho de 2010
A calúnia em três atos
sábado, 17 de julho de 2010
A justiça da Nação
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Preferências
Sem atos, sem ironias
domingo, 11 de julho de 2010
Crime urbanístico
sábado, 10 de julho de 2010
CSMP
Há uns meses, em programa televisivo, o Dr. Garcia Pereira defendia a extinção do Conselho Superior do Ministério Público. Em entrevista recente, na Rádio Renascença, o Dr. Proença de Carvalho pronunciava-se por idêntica solução.
Com efeito, a existência desse mini-Parlamento, como alguém lhe chamou, dificilmente encontra justificação teórica ou pode chamar em seu benefício qualquer utilidade funcional.
Uma direção bicéfala, numa estrutura organizada em torno de uma categorização hierárquica, dilui a responsabilidade e permite o desacerto.
Dir-se-á, a seu favor, que é uma garantia de legitimação democrática do Ministério Público, o que seria verdade se a legitimação democrática do Procurador-Geral da República não fosse suficiente. Ou se este fosse, pura e simplesmente, uma emanação daquele Conselho.
O Procurador-Geral da República é o vértice e, algumas vezes, o vórtice do Ministério Público. Mais cedo ou mais tarde, e era bom que fosse o mais cedo, este tema tem de vir à conversa constitucional. Não é possível continuar a gerir uma organização cada vez mais complexa nos termos e com os mecanismos actuais.